terça-feira, 30 de abril de 2013

LIDERANÇA PESSOAL - MOTIVAÇÕES HUMANAS







  O mais profundo princípio
  da natureza humana
  É o desejo de ser apreciado.

                           William James


  Um sorriso caloroso e uma suave troca de olhares abrem as portas ao encontro entre duas pessoas. São o primeiro sinal do nosso gosto em viver com os outros.
  Para uma relação mais profunda, torna-se indispensável conhecer as motivações humanas, isto é, as forças que ativam e dirigem o comportamento. Conhecendo as motivações humanas, será mais fácil compreender as pessoas e ir ao encontro dos seus interesses concretos.

  Necessidades comuns

 
A maioria dos psicólogos está de acordo na afirmação de que existe um conjunto de motivações comuns a todos os homens, em todas as culturas.
  Há necessidades biológicas que visam o bem-estar físico: comer, beber, dormir, manter a temperatura do corpo e fugirá dor. Mas outras forças dirigem e orientam o comportamento humano. São as necessidades psicológicas.
  Adaptando e desenvolvendo um esquema do psicólogo A. Maslow, salientamos quatro grupos de motivações fundamentais que todas as pessoas procuram satisfazer: proteção e segurança, convivência e afeto, estima e apreço, realização pessoal.
  De acordo com Maslow, essas motivações dispõem-se em forma de pirâmide e cada pessoa procura, regra geral, satisfazer prioritariamente as motivações mais básicas, passando, depois, às do topo da pirâmide.


  A partir da base para o topo da pirâmide, as motivações escalonam-se da seguinte forma:


5. Necessidade de realização pessoal
4. Necessidade de estima e apreço
3. Necessidade de convivência e afeto
2. Necessidade de proteção e segurança
1. Necessidades biológicas

   Proteção e segurança

  É universal o desejo de viver em paz e segurança, esconjurar os medos, a doença e a morte
  Este leva a criança indefesa a procurar refúgio junto da mãe e tem levado o homem, desde sempre, a tomar medidas de precaução contra ameaças (físicas ou psicológicas). Nasceram, assim, abrigos, muralhas, instrumentos de guerra, sistemas de segurança social e... companhias  seguradoras.
  Da necessidade de segurança brotam, naturalmente, a convivência, a colaboração e a solidariedade entre as pessoas. Juntas, defendem-se melhor! Mas o medo e a insegurança podem conduzir também aos extremismos da subordinação dos «inferiores» em relação aos «superiores» e da manipulação ou opressão dos «superiores» em relação aos «inferiores»

  Convivência e afeto

  Independentemente da necessidade de garantir a sobrevivência e a segurança, sentimos o impulso para criar relações afetuosas com alguém, para dar e receber afeto.
  Esta tendência para o contacto social é já revelada pela criança no primeiro sorriso ( ela sorri a um rosto, não sorri ao biberão).
  Procuramos a presença e a companhia dos outros. Agrada-nos o sentimento de pertença a um grupo, onde se partilhem e defendam interesses comuns. Por isso nos integramos em família, clubes, comunidades e nações.
  O desejo de ser querido e aceite pelos outros explica o conformismo e a acomodação do comportamento individual às normas sociais. Quem respeita as regras será acolhido. Quem perturba a ordem será marginalizado.

  Estima e apreço

  Um dos mais profundos princípios  da natureza humana é a sede de estima e apreço. Mesmo as pessoas inteligentes não resistem a um elogio ou a um gesto de admiração por parte dos outros.
  Todos nós gostamos da aprovação alheia. Vemos reforçada a autoestima sempre que os outros nos dão um sinal do seu apreço ou da sua atenção. Basta nos cumprimentarem calorosamente ou nos tratarem pelo nome para nos sentirmos como alguém importante e não como um anónimo qualquer.
  O desejo de ser apreciado explica a facilidade com que as pessoas se deixam atrair e influenciar por quem lhes oferece um elogio sincero.

  Realização pessoal

  A necessidade de obter a realização pessoal parece dominar a existência humana. Por ela, enfrentamos obstáculos. Superamos limites. Respondemos a desafios. Pomos em exercício todas as nossas capacidades de conhecimento e ação. 
  Qualquer pessoa deseja desenvolver as suas potencialidades com liberdade e autonomia. Qualquer pessoa sente a necessidade de sobressair, chegar mais alto, atingir o máximo de sucesso possível.


  Jorge Neves

  
   

 
 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

LIDERANÇA PESSOAL - AUTOCONFIANÇA






                                                 

O que há de mais seguro
                                                  para nos tornarmos pessoas
                                                  de mérito e valor
                                                  é confiarmos em nós próprios 

                                                                            Miguel Ângelo


  A autoconfiança é uma atitude que exerce influência positiva no desenvolvimento pessoal e na relação com os outros. Pode mesmo afirmar-se que o grau de sucesso de uma pessoa é proporcional à força com que acredita em si próprio e nas suas capacidades
  Quem acredita em si, sem complexos, consegue ser quase tudo o que deseja ser. Mais. Consegue ter quase tudo o que deseja ter.
  Todas as pessoas ganham em adquirir ou reforçar a autoconfiança. Por isso, existem três processos complementares:

  1 - Preparação adequada

  2 - Pensamento positivo sobre si mesmo

  3 - Adoção de uma postura de segurança 



   Preparação 

  Toda a gente sofre medo e tensão ao confrontar-se com situações difíceis ou desconhecidas. O medo é produto da incerteza e do imprevisto. mas também filho da ignorância e da incompetência. Por isso, um dos grandes remédios contra o medo é a preparação adequada.
  Quando uma pessoa se sente bem preparada, não desenvolve sentimentos de incapacidade nem se deixa paralisar pelo medo. A competência traz segurança.
  Pensamos por vezes, que as outras pessoas são autoconfiantes e bem-sucedidas, porque têm mais talento ou mais sorte do que nós. O que verificamos, no entanto, é que a balança do sucesso se inclina mais para o lado do esforço metódico e persistente do que para o lado do génio ou da sorte. Salvo raras excepções, só vence quem trabalha com interesse e dedicação. «Quanto mais trabalho, mais sorte parece ter», explica, Emerson.
  Confiar na sorte é entregar-se a uma ilusão desmotivadora do esforço indispensável em qualquer preparação (escolar ou profissional). E, sem preparação, não pode haver verdadeira autoconfiança nem sucesso  duradouro. Em geral, só os estudantes que dominam a matéria têm êxito nas provas de avaliação. Só os atletas que se treinam com regularidade atingem vitórias desportivas. Só as pessoas com ideias  arrumadas conseguem sair-se bem a falar em público. Só os técnicos competentes têm assegurado o emprego e o sucesso.
  É falsa a autoconfiança de quem não adquiriu a competência para realizar as suas tarefas. Apenas uma preparação adequada permite enfrentar com segurança provas e desafios.

  O poder do pensamento positivo


  Não basta ser  competente para sentir a autoconfiança. Igualmente importante é cultivar pensamentos positivos que combatam a insegurança. Sente-se melhor quem pensa melhor. Assim, quem deseja  ser autoconfiante precisa de aprender a pensar como se já fosse autoconfiante.
  Felizmente, pensar não paga imposto. Mas, infelizmente, a nossa civilização, as pessoas são pouco treinadas a pensar bem de si mesmas. Já falava B. Russel que «o mal deste mundo é que os estúpidos vivem seguros de si e os sensatos cheios de dúvidas».

  É importante encorajar-se com palavras estimulantes

  Perante uma situação nova ou difícil, é aconselhável não dar tempo á dúvida e ao medo que perturbam a autoconfiança. A atitude mais eficaz é encorajar-se com mensagens positivas ou por palavras estimulantes dirigidas a si próprio. 
  Nos momentos de autoconfiança (por exemplo, quando vamos fazer uma prova de avaliação ou falar em público) temos de nos concentrar na tarefa e temos de funcionar como se fôssemos o nosso próprio treinador ou comandante.
  Com a força da convicção e até um certo entusiasmo, devemos repetir em voz baixa ou em voz alta, várias vezes ao dia, palavras animadoras como estas:

  «Estou preparado...»
  «O que vou fazer é fácil...»
  «Já dei provas da minha capacidade...»
  «Vou sair-me bem...»

  Cada pessoa tem de encontrar as palavras mais sugestivas ou os slogans de apoio que melhor resultam consigo, isto é, que a ajudem a encarar as situações complexas como algo simples e natural. Assim, terá mais êxito. E cada êxito será um novo reforço para a autoconfiança. 

  Visualizar-se como uma pessoa de sucesso


  Uma pessoa que deseja conquistar a autoconfiança não pode deixar-se dominar ou bloquear pelas imagens mentais de medo e de fracasso. Deve, antes, visualizar-se, de forma intensa e permanente, como a pessoa de sucesso que deseja ser. O simples processo de se ver, intimamente, como se deseja ser é uma forma eficaz de se transformar para melhor.
  Concentra-se nas qualidades pessoais e alimentar pensamentos positivos é a forma mais eficaz de cortar pela raiz os pensamentos negativos que nos envenenam a existência. Quando a nossa mente está dominada por pensamentos positivos (por exemplo: «Estou confiante...»), não há espaço para pensamentos negativos (por exemplo: «Não sei se vou ser capaz...»). A experiência comprova que dois pensamentos opostos não podem ocupar a mente ao mesmo tempo.
  Ver-se como um falhado é um hábito pessimista, uma antecipação da derrota. Quem não acredita em si nunca vai longe. Pelo contrário, cultivar uma auto-imagem positiva (ver-se como uma pessoa por que se tem admiração) é um hábito otimista, um alicerce para a autoconfiança e uma condição para colher sucesso em todas as atividades humanas.
  A nossa vida é, em grande parte, dirigida pelas imagens mentais que construímos. Somos condicionados pelo «filme» que passa na nossa cabeça. Os pensamentos são um poder invisível que guia a nossa vida. Acabamos por nos converter naquilo que julgamos ser. Na expressão de Buda, «tudo o que somos é o resultado daquilo que pensamos».

  A postura de segurança 

  Para enfrentar provas e desafios com autoconfiança, é fundamental estar preparado e cultivar pensamentos positivos a respeito de si próprio. Mas isso ainda não é suficiente. Quem deseja sentir-se autoconfiante deve agir como se já fosse, de facto, autoconfiante.
  Apesar de competentes e capazes, há pessoas que se mostram tímidas, desajeitadas e vacilantes. Dão de si uma imagem de insegurança, como se devessem dinheiro a toda a gente ou como se pedissem desculpa pelo facto de existirem.
  O caminho tem de ser outro. Sem cair no ridículo da superioridade orgulhosa ou arrogante, própria do excesso de amor-próprio, é vantajoso fazer a afirmação de si e adotar uma postura de segurança. Dar a imagem do vencedor que concluiu um exame ou um negócio com sucesso.
  Existem muitos sinais visíveis dessa postura de segurança que, além de causarem boa impressão nos outros e facilitarem as relações humanas, ajudam a própria pessoa a sentir-se melhor. Lembro alguns sinais que falam por nós, mesmo quando estamos calados:

  - apresentação cuidada, de acordo com o gosto pessoal e com as circunstâncias;
  - corpo direito, não dobrado ou curvado;
  - cabeça erguida;
  - passos largos e decididos;
 - olhos nos olhos dos outros (de forma suave e calorosa);
  - gestos vivos e expressivos;
  - sorriso nos lábios e, sobretudo, sorriso no olhar.

  Um aviso: não forçar!  É importante uma imagem de segurança e vigor físico, mas nada de rigidez ou artifício teatral. O segredo é manter o espontâneo. Descontraído. Natural.
  Uma postura de segurança ajuda a combater o medo e a apreensão nas situações difíceis do quotidiano. Quem se mostra seguro de si, ainda que tenha algumas dúvidas sobre os seus próprios méritos, acaba por diminuir a timidez, aumentar a sensação de bem-estar e, pouco a pouco, tornar-se a pessoa que deseja ser. 
  Fazer o papel de autoconfiante pode parecer fingimento ou hipocrisia. Mas é uma boa técnica, quando existe a intenção de ajudar-se a si próprio e não a intenção de enganar os outros. 
  A experiência comprova que esta técnica de «fazer de conta» ou de «agir como se» é defendida por muitos especialistas que produz efeitos estimulantes sobre o comportamento humano. Assim:
  - Se uma pessoa executar o seu trabalho como se já gostasse dele, acabará por ganhar interesse ou mesmo entusiasmo por aquilo que faz.
  - Se uma pessoa falar e sorrir como se já houvesse alegria dentro de si, acabará por ganhar boa disposição.
  - Se uma pessoa proceder como já fosse calma e equilibrada, acabará por ganhar autodomínio.
  - Se uma pessoa agir como se já estivesse segura de si, acabará por vencer a timidez e ganhar a autoconfiança. 

  A ação e o pensamento andam juntos. A ação positiva produz pensamentos positivos. e os pensamentos positivos influenciam decisivamente a nossa transformação.
  Ao adotarmos, de forma deliberada, uma postura de segurança, não estamos a fazer batota com ninguém. Estamos, sim, a condicionar pela ação a nossa forma de pensar e sentir. Com o tempo, e quase sem darmos conta, começamos a parecer-nos com a pessoa cujo papel desempenhamos.
  Agindo com segurança, tornamo-nos pessoas mais seguras, com forte magnetismo pessoal e capazes de influenciar positivamente os outros. A autoconfiança torna-nos mais libertos, mais disponíveis e mais aptos a inspirar confiança.


  Jorge Neves
 
 
 

  

sexta-feira, 26 de abril de 2013

LIDERANÇA PESSOAL - VALORIZE OS SEUS TALENTOS





 

Descobrir os seus pontos fortes únicos, tanto na vida pessoal como profissional, é - em última análise - da sua responsabilidade. Infelizmente a maior parte das empresas e das organizações não ajuda os colaboradores a identificar os seus recursos pessoais. Não nos podemos dar ao luxo de esperar que outros revelem nossos talentos. Em vez disso, temos, de ser nós a encontrar as nossas "pedras preciosas" e a aprender a explorá-las na totalidade. Ironicamente, muitos não apreciam de forma adequada os seus talentos, porque estes se manifestam de forma muito fácil. É difícil imaginarem o sucesso a resultar de talentos e de capacidades que surgem naturalmente e com pouco esforço. É importante não esquecer que o que surge facilmente a uma pessoa pode ser uma impossibilidade para outra.
  Não nos podemos esquecer e temos de aceitar que não podemos ser bons em tudo e que há outras pessoas que podem ser melhores do que nós nalgumas coisas. É a vida e, embora tenhamos de aceitar, não somos obrigados a realçar este facto publicamente. Como resultados das nossas inseguranças, muitas vezes divulgamos a nossa ignorância em vez de realçarmos o nosso conhecimento e os nossos talentos. Com tanta incerteza no mercado de trabalho, temos de estar preparados para a mudança e para responder aos desafios de uma forma dinâmica e construtiva.
  A primeira lição é conhecermo-nos a nós próprios; os nossos interesses, capacidades, talentos, sonhos, hábitos e estilo. Só então teremos uma base para lidar com os desafios que nos surgem. 
  Ninguém pode enfrentar com sucesso um mundo em constante mudança sem conhecer os seus pontos fortes e saber realmente o que quer. Lembre-se que você é que tem recursos suficientes para criar o seu tipo especial de sucesso e uma vida com significado.


  Jorge Neves

LIDERANÇA PESSOAL - ORGANIZAÇÃO PESSOAL







Existem numerosos livros e cursos sobre a gestão do tempo e organização pessoal, que têm como objetivo auxiliar os gestores muito ocupados a melhor lidarem com o seu dia-a-dia. Li alguns desses livros técnicos evoluídos e sofisticados para melhorar a organização pessoal que, confesso raramente apliquei. Curiosamente foi num livro que abordava esse assunto pela rama, no meio de muitos outros, que aprendi uma técnica que operou milagres na minha organização pessoal: a técnica da folha de papel.
  Antes de me reformar, ainda em plena atividade profissional, todos os dias de manhã antes de começar a trabalhar, fazia uma lista de todas as coisas que tinha para fazer durante o dia; seguidamente, classificava-as (por exemplo, pondo uma letra ou um símbolo na sua frente) em urgentes e não urgentes; depois de ter feito isso começava o dia «atacando», em primeiro lugar, as urgentes que menos tempos demoram a executar, riscando-as uma a uma à medida que as ia terminando, passando de seguida  para as mais demoradas; quando terminava as urgentes dedicava-me às outras. Como é óbvio tinha dias em que não as conseguia terminar todas; nesses casos transitava as que não tinha terminado para o dia seguinte. Experimente e verá que dá resultado.

  Se quiser, podemos sofisticar um pouco o sistema, introduzindo uma nova variável: a delegação
  Como sabe, delegar significa pedirmos a um colaborador para fazer uma ou várias tarefas que são da nossa responsabilidade.
  Em termos formais, a sua atividade divide-se em dois tipos de tarefas: as de gestão e as de execução. Por tarefas de gestão pretendo referir-me a planear, organizar, motivar e controlar as pessoas que lidera. Por execução refiro-me a todas as outras coisas do dia-a-dia que todos nós temos de fazer, como por exemplo relatórios, cartas, projetos de alguma espécie etc. Como calcula, só as últimas se poderão delegar.
  Como vê, já  sofisticamos um pouco o nosso modelo de organização pessoal. Se quiser, acrescentamos-lhe uma nova dimensão: a possibilidade de delegar tarefas.

  Então voltemos à nossa lista de tarefas para o dia. Depois de ter a sua lista com a indicação do que é urgente e do que não é, identifique com outra sigla (um d por exemplo) todas aquelas tarefas que pense poderem ser delegadas. Seguidamente, resta-lhe identificar qual ou quais os colaboradores em que pode delegar.
  Já agora, não me venha com a desculpa que não tem ninguém suficientemente competente em quem possa delegar; é que se pensa isso, não me resta dizer mais nada que não seja: você é um mau chefe!
  Agora chamo a atenção para outro aspecto de suma importância: delegar não é abdicar; não é chamar alguém e dizer-lhe, «olhe, preciso que me faça isto» e a seguir despachar o «índio»

  Passo a dar algumas sugestões sobre como melhor proceder ao delegar.

  . Explique ao seu colaborador a importância da tarefa que vai delegar e o contexto geral em que ela se insere. Todos nós gostamos de saber para que serve o que fazemos.

  . Seja claro quando precisa da tarefa terminada, ou seja, estipule prazos.

  . Certifique-se que o seu colaborador entende claramente aquilo que é para fazer e que se sente capaz e motivado para o fazer.

  . Se a tarefa for complexa, divida-a em partes e defina timings para controlar a execução de cada uma.

  . Resista à tentação de «meter o nariz sem ser chamado», isto é, não se ponha a fazer controlos tipo surpresa para ver se tudo está a correr como você pensa que deve ser.  Você só deve controlar nos pontos em que disse que o iria fazer.

  . Deixe claro ao seu colaborador que se disponibiliza para qualquer esclarecimento que ele venha a considerar necessário.

  . Se por acaso a tarefa que vai delegar implica interações com terceiros, não se esqueça de os avisar de que deu poderes a um seu colaborador para o fazer.

  . Finalmente, não se esqueça que, mesmo que delegue, a responsabilidade pelo resultado final continua a ser sua.

  Um outro especto importante é escolher o colaborador certo para delegar cada tarefa. Certifique-se qua a pessoa em quem delega satisfaz as seguintes condições:

  . Conhecimentos suficientes para esperar que a faça bem
  . Historial de cumprimentos de prazos
  . Vontade de aceitar novas responsabilidades.
  . Motivação de realização
  . Perseverança
  . Independência
  . E, preferencialmente, sucesso em situações anteriores.

  Infelizmente a minha experiência diz-me por verificação que muitos gestores não gostam e não sabem delegar. Uns pensam que ninguém faz as coisas melhor que eles; outros abdicam; outros, ainda estão tão atarefados com a sua desorganização que nem sabem que a delegação existe. Não caia nestes erros. A delegação permite-lhe gerir muito melhor o seu tempo e, mais importante, liberta-o para as tarefas mais nobres da gestão que são: planear, organizar, controlar e motivar.



  Jorge Neves