terça-feira, 27 de novembro de 2012

REFLEXÕES POLÍTICAS - MUNDIALIZAÇÃO E O VERDADEIRO FURACÃO NA EUROPA




 

Quando os economistas e os políticos avançam com explicações sobre a queda do emprego, todas elas culminam numa única palavra:  mundialização. Altas tecnologias de comunicação, baixo custo de transportes e o comércio livre ilimitado transformaram o mundo inteiro num mercado único - esta é a tese muitas vezes repetida. Estes factos criam uma concorrência global exacerbada, inclusivamente no mercado de trabalho.
  Dos patrões dos grupos industriais aos ministros do trabalho e todos os meios dirigentes, já só têm uma resposta: a adaptação por baixo para segundo eles, se manterem competitivos no mercado global. Dia após dia, surgem mais vozes pedindo aos cidadãos novos sacrifícios. Essas elites oriundas de todas  as atividade económicas, falam que os seus empregados precisam de trabalhar mais horas diárias, ter menos dias de férias, limitar as baixas médicas por doença, necessidade de baixar os salários etc. etc.
  « A sociedade de exigência ocidental vê-se confrontada com as sociedades de renúncia asiáticas»; o Estado - previdência «tornou-se uma ameaça para o futuro» e é impossível evitar um «aumento das desigualdades sociais». Surge a convicção nestas elites de que o continente Europeu tem vivido acima dos seus meios e que uma nova vaga de restrições orçamentais abate-se pesadamente no Continente Europeu.
  Mas há um ponto sobre o qual estas elites estão enganadas. De forma alguma há que exigir sacrifícios a todos, em nome da crise. A diminuição do salário em caso de doença, a revogação das leis que protegem os assalariados contra os despedimentos, os cortes evidentes nos diversos subsídios e a baixa dos salários (apesar do aumento da produtividade) já não se devem à gestão da crise. A verdade é que os reformistas que se colocam sob o signo da mundialização estão a negar é o pacto social tácito ainda existente na Europa. É o pacto que luta contra as desigualdades sociais organizando uma redistribuição da riqueza,  de cima para baixo. Todos eles defensores de politicas neoliberais, difundem a ideia de que o modelo do Estado-providência europeu já não serve, que se tornou demasiado oneroso relativamente ao resto do mundo.
  A sensação que se me varre é que neste paradigma económico, e de não valores civilizacionais,  os defensores  do Estado-social  batem-se por uma causa perdida. Infelizmente. Os defensores dessa politica neoliberal não se cansam de falar em diminuir as despesas do Estado, baixar salários, suprimir abonos e subsídios da Suécia a Portugal o cerne da questão é sempre o mesmo. E em toda a parte o protesto  termina numa resignação... Até um dia!
 Aquele internacionalismo, outrora inventado pelos líderes operários social-democratas para fazer frente aos avanços capitalistas, mudou desde há muito de campo.  No mundo existem milhares de empresas transnacionais de todas as dimensões que manipulam a seu bel-prazer os empregados, bem como os Estados se manipulam entre si.
  Neste vasto movimento de aperto do cerco, a nova Internacional, a do capital, destabiliza Estados inteiros e a ordem social que até agora nos regia. Por um lado, ameaça aqui e ali com fuga de capitais, obrigando assim os Estados a praticarem consideráveis reduções de impostos, a acordarem subsídios de muitos milhões ou a fornecerem infraestruturas gratuitas. Quando isto não é o suficiente, faz-se apelo ao planeamento fiscal em grande escala: os benefícios são canalizados para os países onde a carga fiscal é menor. No mundo inteiro, a parte concedida pelos detentores de capitais e de fortunas ao financiamento de missões a cargo do Estado não tem cessado de diminuir. Por outro lado, os manipuladores destes fluxos globais de capitais conduzem (continuamente) em sentido descendente  o nível de recursos dos seus empregados, os que pagam impostos. Mundialmente, a parte que os assalariados auferem da riqueza mundial está igualmente a diminuir. É muito difícil  qualquer nação opor-se a tal pressão. Creio que todo este modelo económico assente na competição transnacional  mais dia  menos dia fique em «fanicos”. É só uma questão de tempo. As cotações da bolsa e os lucros das empresas registam um crescimento de dois dígitos, mas oas salários e os subsídios diminuem. Simultaneamente, o desemprego aumenta, tal como os défices orçamentais. NÃO É PRECISO SER-SE LICENCIADO EM ECONOMIA PARA COMPREENDER O QUE SE PASSA: CONFORME  Karl Marx   DIZIA, O CAPITALISMO RETOMOU A DIRECÇÃO QUE ESTE REVOLUCIONÁRIO TÃO BEM DESCREVEU. « A tendência geral da produção capitalista não é elevar, mas sim baixar o nível médio dos salários diminuindo o valor do trabalho ao seu limite mínimo».
  Vai o tempo em que o capitalismo primário era domado pela democracia. Contudo, após as reformas Sociais-democratas, operadas no século vinte,  anuncia-se uma Contra-Reforma de dimensões históricas: avançamos para o futuro em marcha atrás. e os vencedores embandeiram em arco: « O vento da competição tornou-se uma tempestade, e caminhamos vertiginosamente para o verdadeiro furacão, para o abismo civilizacional ».
  Os porta-estandartes do globalismo têm como objetivo fazer crer que tudo isto não é mais do que um processo natural, fruto de um progresso técnico e económico irresistível. Um absurdo. O enredamento mundial da economia nada tem a ver com um acontecimento natural: é o fruto desejado de uma política com objetivos bem precisos. Tratado após tratado, lei após lei, foram sempre os governos e os parlamentos que decidiram ir eliminando as barreiras que dificultavam o comércio internacional do capital e das mercadorias. Desde a liberalização do comércio de divisas até à extensão constante do acordo sobre o comércio mundial, passando pelo mercado interno europeu, foram os políticos e governantes dos países industrializados ocidentais que instauraram de forma sistemática esta situação que hoje em dia já não conseguem controlar.

Jorge Neves


 
  
  

REFLEXÕES POLÍTICAS - A DEMOCRACIA PRESA NA ARMADILHA







A integração global anda a par com a difusão de uma doutrina político-económica miraculosa, permanentemente instilada na vida política por uma legião de conselheiros económicos:  o neoliberalismo
  Simplificando, a sua tese fundamental é a seguinte: o mercado é bom e as intervenções do Estado são más.
  Baseado nas ideias do principal representante desta escola, o economista norte-americano  Prémio Nobel Milton Friedmam, a maior parte dos governos ocidentais inspirados pelo liberalismo económico fez deste dogma a linha diretora da sua política depois dos anos 80. Desregulamentação em vez de supervisão do Estado, liberalização do mercado e da circulação de capitais, privatização das empresas nacionalizadas: são as armas estratégicas que se encontram no arsenal dos governos que acreditam no mercado e nas organizações económicas internacionais, por eles  dirigidas. O Banco Mundial o Fundo Monetário Internacional (FMI) Organização Mundial do Comércio ( OMC)  e a União Europeia (UE). Foi com estes instrumentos e protagonistas, que levaram a cabo o seu combate a favor da liberdade do capital. Esta batalha  ainda hoje está a ser travada. Telecomunicações, bancos, seguros, industrias, etc... e claro a gestão da mão-de-obra: nada nem ninguém pode escapar à lei da oferta e da procura.
  A desagregação das ditaduras de partido único no bloco de Leste deram a esta lei um novo impulso e novas forças. Uma vez afastada a ameaça da ditadura do proletariado, começa-se logo a edificar a ditadura do mercado mundial. E, de repente, a participação maciça dos empregados na criação de riqueza surge como uma simples concessão feita ao longo da guerra fria  para atirar areia aos olhos dos agitadores comunistas.
  Mas o «turbo capitalismo»  cuja propagação mundial parece agora irreversível, destrói as próprias bases da sua existência: o Estado viável e a estabilidade democrática. O ritmo da transformação e da redistribuição do poder e da prosperidade provocam a erosão das antigas unidades sociais mais rapidamente do que se pode processar o desenvolvimento de novas. Os outros Estados prósperos consomem a substância social da sua coesão ainda mais velozmente do que a sua substância ecológica. Os economistas e os políticos neoliberais pregam ao mundo o «modelo norte-americano» mas, ao ouvirmos esta divisa, recordamo-nos com um arrepio de horror, da propaganda do governo alemão de leste que, até ao seu último dia, pretendia aprender com a União Soviética a forma de alcançar a vitória. E a decomposição social em parte alguma é mais gritante do que no país de onde nos veio a contra-revolução capitalista, os Estados Unidos. A criminalidade assumiu aí proporções endémicas. No estado da Califórnia, que por sí só constitui a sétima potência mundial, as despesas provocadas pelas prisões ultrapassam o orçamento total da educação. Cerca de 28 milhões de norte-americanos, mais de 10% da totalidade da população, vivem já entrincheirados em edifícios ou em bairros protegidos por guardas armados. Os cidadãos norte-americanos gastam duas vezes mais dinheiro para os remunerarem do que o Estado gasta com a polícia.
  A Europa e o Japão, a China e a Índia estão igualmente a cindir-se numa minoria de vencedores e numa maioria de derrotados. Para milhões de pessoas, o processo globalizado em nada representa um avanço. Chefes de governos querem «fazer da mundialização um êxito que beneficie todos». Os derrotados deste jogo terão dificuldades em não encarar esta frase como uma enorme e descarada gargalhada.


Jorge Neves 

terça-feira, 16 de outubro de 2012

REFLEXÕES POLÍTICAS - PARA ONDE NOS LEVAM...





Creio que ainda neste século, para manter a atividade económica mundial, dois décimos da população ativa serão o suficiente. «Não haverá necessidade de mais mão-de-obra» Um quinto dos candidatos aos postos de trabalho bastará para produzir todas as mercadorias e para fornecer as prestações de serviços de grande valor de que uma sociedade mundial necessita. É este o paradigma com que nos deparamos. Estes dois décimos da população participarão assim altivamente na vida, nos rendimentos e no consumo. - seja em que país for. Mas e os restantes? Será possível imaginar que 80% das pessoas que desejam trabalhar não vão encontrar emprego? Será, que no futuro, a questão é «ter algo para comer ou ser devorado»?
  Creio, que entre  esses inúmeros novos desempregados espalhados  pelo mundo inteiro, encontrar-se-ão dezenas de milhões de pessoas que, até agora, viviam uma confortável vida quotidiana do que pessoas que já se encontravam nessa  luta pela sobrevivência.
  Desenha-se uma nova ordem social, um universo de países ricos sem classe média digna desse nome. Nesta realidade, muitos defendem que a receita para neutralizar ou minimizar este descontentamento da classe média está em encontrar, uma mistura sábia de divertimento estupidificante com alimentação quanto baste, para que permita manter de bom humor a população frustrada do planeta.
  Pergunta-se  como poderá o quinto da população (os afortunados) ocupar o resto supérfluo dos habitantes do globo?
  Uns pensam, e dada a pressão crescente da concorrência, não permitirá que se peça ás empresas que participem nesse esforço social. Outras instâncias deverão ocupar-se dos desempregados. Vaticinam que uma solução passa por voluntariado a favor da coletividade. «Poderia valorizar-se essas atividades de voluntariado mediante a atribuição de uma remuneração modesta, o que ajudaria milhões de cidadãos a serem conscientes do seu próprio valor»,
  Outros esperam porventura os mais extremistas darwinianos, os patrões do grande capital, que a breve prazo, nos países industrializados sejam postas as pessoas a varrer as ruas por um salário praticamente nulo ou  que haja quem aceite um emprego de criado a troco de um miserável alojamento.
  Estamos  a assistir à emergência da sociedade dos dois décimos, a sociedade que terá que recorrer ao divertimento estúpido para que os excluídos permaneçam tranquilos. Será tudo isto desmesuradamente exagerado? Temo que não.


Jorge Neves


 

terça-feira, 17 de abril de 2012

LIDERANÇA PESSOAL - O CONHECIMENTO DE SI







Tomar consciência 
 de si mesmo
 é o processo mais importante
 que acontece
 na vida de uma pessoa
                                          G.Allport


 
É fascinante a aventura de descobrir as outras pessoas. Não menos fascinante é a aventura de descobrir-se a si mesmo e tomar consciência das próprias capacidades e limitações.
 Uma pessoa que se conhece poderá, mais facilmente, os seus pontos fracos e desenvolver os seus pontos fortes. Desta forma, dará um passo decisivo na construção da auto-estima e da autoconfiança, atitudes facilitadoras da comunicação interpessoal.

1.1. Métodos

 Para o conhecimento de si próprio, existem três métodos complementares: a auto-análise, as opiniões alheias e os testes psicológicos. 

 Auto-análise 

 A auto-análise é um processo que consiste em observar-se e, por comparação com os outros, descobrir as próprias capacidades e limitações.
 Não há rigor científico na auto-análise. Ninguém consegue analisar o seu próprio «eu», objectivamente, como se analisasse outra pessoa. Ninguém consegue «fazer de conta» que é outra pessoa e ver-se, do lado de fora, como juiz imparcial. Mas, com um esforço de lucidez e honestidade, é possível conhecer-se, usando os comportamentos e as competências dos outros como padrão ou modelo de referência.
 Um processo de autoconhecimento é, portanto, comparar-se com os outros, embora haja perigo nas comparações excessivas, sobretudo quando temos tendência a comparar as nossas limitações com os talentos dos outros. É assim que aparecem frases reveladoras de complexos de inferioridade: 

    «Invejo as qualidades do João...»
    «Gostava de ter o feitio da Isabel...»
    «Eu só queria ser como...»

Comparar os nossos talentos com as limitações alheias é igualmente perigoso, porque pode conduzir aos complexos de superioridade.
Fazem mal aqueles que aproveitam a auto-análise como pretexto para alimentar complexos. O objetivo final da auto-análise é conhecer-se para lidar melhor consigo próprio. Sem severidade nem benevolência. Com verdade.

 Opiniões alheias 

A forma como nos vemos nem sempre coincide com a forma como os outros nos vêm. Acontece mesmo que os outros vêem em nós facetas que não conseguimos ver sozinhos. Convirá, pois dar atenção às opiniões alheias.
Muitas informações preciosas podem ser recolhidas nas observações que os outros fazem de forma espontânea. Mas nem sempre as reações espontâneas dos outros são suficientes para sabermos o que  eles pensam de nós. Nesses casos, é útil tomar a iniciativa de solicitar a opinião dos outros a nosso respeito.
Há pessoas, sobretudo adultos, com dificuldade em entrar neste «jogo» de pedir opiniões. Algumas pessoas preferem não falar desses assuntos. Outras preferem «falar pelas costas».
Vale a pena pedir aos outros que falem a nosso respeito. Essencial é variar o tipo de pessoas a ouvir, já que cada um de nós revela facetas diferentes na escola, na família, no trabalho ou tempos livres. Particularmente importantes são as opiniões sinceras de familiares, amigos, colegas e superiores hierárquicos.
Devemos ter em conta as opiniões alheias, mas não devemos julgar-nos apenas por aquilo que os outros pensam e dizem de nós. É difícil que os outros consigam fazer uma apreciação objetiva das nossas forças e fraquezas. Mesmo as pessoas mais competentes têm tendência a ver-nos à luz daquilo que sabem e sentem, à luz das suas motivações e dos seus preconceitos, à luz das suas simpatias e antipatias.
Na subjetividade das opiniões alheias, há dois casos extremos que merecem o maior cuidado. O primeiro caso é o das opiniões favoráveis: as pessoas, porque gostam de nós ou desejam agradar-nos, referem apenas as nossas capacidades e ignoram as nossas limitações. O segundo caso é o das opiniões desfavoráveis: as pessoas, porque são menos simpáticas ou menos delicadas, criticam as nossas limitações e ignoram as nossas capacidades.
Aqueles que desejam conhecer-se melhor têm de aproveitar todas as opiniões, favoráveis e desfavoráveis. Aprendemos com os amigos simpáticos, mas também com os inimigos. Por vezes, podemos até aprender mais com os inimigos, porque eles são sinceros e têm coragem de nos dizer na cara «verdades» que mais ninguém nos diz e que nós próprios não admitimos.
A verdade a nosso respeito está, em geral, no meio termo entre os dois extremos das opiniões favoráveis e das opiniões desfavoráveis.

 Testes psicológicos 

A ajuda de um psicólogo experiente pode ser fundamental para o conhecimento de si próprio. Sobretudo, se o psicólogo fizer também uso de testes.
Os testes são técnicas que permitem estudar, com rigor aproximado, determinadas capacidades de um indivíduo. Uns medem o nível intelectual. Outros revelam aptidões concretas. 
Hoje, a maioria das revistas divulga testes como se fossem «jogos de sociedade» Muitos desses testes não merecem crédito. De facto, só são válidos os testes concebidos e aplicados por pessoas competentes (psicólogos ou outras pessoas especialistas na matéria). E, mesmo assim, não devemos confiar neles incondicionalmente, porque nenhum teste consegue revelar, com rigor e objetividade, todas as dimensões da pessoa humana. A complexidade humana, mistura original de características inatas e de características adquiridas, ultrapassa todos os testes e todos os especialistas.


1.2.  Obstáculos 


Na relação com os outros, o homem vai-se descobrindo. Mas, apesar de todos os progressos, há muitos obstáculos que impedem o conhecimento de si. Dada a complexidade humana, ninguém consegue ter de si próprio uma imagem correta. Ninguém possui todas as informações a seu respeito. Ninguém vê, exatamente, todas as dimensões do «eu» ou facetas da sua personalidade.
Há dimensões conhecidas por nós e pelos outros. Há dimensões conhecidas por nós e ignoradas pelos outros. Há dimensões conhecidas pelos outros e ignoradas por nós. E, finalmente, há dimensões desconhecidas por nós e pelos outros.
Usando o esquema da «Janela Johari», para representar o grau de lucidez nas relações interpessoais, podemos afirmar que existem quatro dimensões do «eu»: o «eu» aberto, o «eu» secreto, o «eu» cego e o «eu» desconhecido. Estas dimensões ou facetas da personalidade diferenciam-se pelo facto de serem mais ou menos conhecidos pelo próprio e pelos outros.

    «Eu» aberto. É a área conhecida pelo próprio e pelos outros. São as facetas da personalidade que conhecemos em nós e damos a conhecer aos outros.

    «Eu» secreto. é a área conhecida pelo próprio e vedada aos outros. São as facetas da personalidade que conhecemos em nós e não revelamos aos outros.

    «Eu» cego. é a área conhecida pelos outros e ignorada pelo próprio. São as facetas da personalidade que os outros veem e nós não podemos ou não queremos ver.


    «Eu» desconhecido. É a área »escura» para o próprio e para os outros. São facetas mais profundas da personalidade de acesso direto, permanecem ignoradas, como se não existissem.


O homem vai conhecendo e dominando cada vez mais a Natureza. mas está longe de conhecer-se a si mesmo. Há em todos nós, talentos de várias espécies que nunca usamos, porque não chegamos a conhecer. Já dizia o filósofo grego Tales que «o mais difícil é conhecermo-nos a nós próprios». Apesar dos obstáculos, cada pessoa pode melhorar o conhecimento de si e descobrir algumas aptidões escondidas, aproveitando todos os métodos ao seu alcance. Assim, terá mais hipóteses de fortalecer a autoestima e a autoconfiança.



Jorge Neves