Imagine-se já com uma certa idade, sentado num banco do jardim apanhando sol numa tarde de Outono. Pense na alegria que terá ao lembrar-se de todas as coisas que se atreveu a fazer e a dizer e das escolhas que teve a coragem de fazer porque assumiu o controlo da sua vida. Agora lembre-se que ser verdadeiro consigo é o mesmo que ser verdadeiro com os outros.
Uma vez, fui a um jantar dedicado ao Henrique, a quem a empresa homenageava por 35 anos de serviço leal. Quando o Henrique se sentou á minha frente, senti um grande respeito pela sua contribuição e educadamente perguntei-lhe: "Foi feliz durante estes 35 anos?" A resposta pronta foi um choque: "Nem por um minuto".
Tentei perceber como é isso tinha sido possível. "Mas não houve nada de que tenha gostado no seu emprego durante todo este tempo?" O Henrique contou-me que tinha trabalhado algum tempo em carpintaria, algo de que realmente tinha gostado. Então perguntei-lhe porque não tinha continuado nesse tipo de trabalho. Respondeu que experimentou uma vez, mas que não tinha resultado. Uma vez! Só uma vez! Porque não uma centena de vezes? Pensei. Mas depois lembrei-me que estas escolhas não eram minhas: eram do Henrique e só dele. Ele tinha o direito de escolher o que queria, porque a sua vida era da sua responsabilidade e de mais ninguém. Enquanto estava sentado a olhar fixamente para as suas mãos, que eram obviamente feitas para a carpintaria, ele percebeu o meu descontentamento. "Não fique triste", disse. "Acabei de comprar uma bancada de carpinteiro".
Pense por um momento em todos aqueles que morrem sem sequer terem escolhido comprar a sua "bancada de carpinteiro"! Quando acreditamos profundamente que algo é possível, torna-se possível. Se só vimos impossibilidades, então isso é o que garantimos para nós. Tem sido dito que a perceção é 100 por cento de realidade. Se acreditarmos que somos demasiado novos, então somos demasiado novos; se pensarmos que somos demasiado fracos, somos demasiado fracos. Temos de ter plena consciência de como escolhemos ver o mundo, porque essa é a realidade em que nos colocamos.
Quando percebi que os meus pensamentos controlam a minha vida, alterei a minha forma de estar.
Resista à hesitação que sente quando olha à sua volta e vê que ninguém na sua família ou na sua vizinhança alguma vez fez aquilo que quer fazer. Evite a armadilha de acreditar que não irá ter sucesso, só porque mais ninguém o alcançou.
Você é único, mais ninguém consegue fazer o mesmo e de maneira igual. Nem pode avaliar se os seus objetivos são realistas. Ninguém conseguirá estar na sua posição e saber o que pode alcançar. É espantoso o que pode conseguir quando realmente quer alguma coisa e está disposto a fazer tudo o que for preciso para a obter.
Jorge Neves
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