É bom sabermos que precisam
de nós. Sentir-se que se é querido dá sentido á vida. Nas alturas em que existe
uma taxa de desemprego elevada, há quem considere que os seus serviços e
talentos não são procurados. Sem emprego, a vida pode parecer desprovida de
sentido. Nestas alturas, é vital não esquecer que você, e só você, pode dar
sentido à sua vida.
Apesar da
situação atual, ainda se tem um propósito no mundo (pode discordar, mas estou 100
por cento seguro que não estaria neste mundo se não houvesse uma razão para
aqui estar).
" A questão é
encontrar o trabalho que precisa ser feito". Estas palavras as ouvi muitas
vezes da boca de um grande amigo meu que há pouco tempo perdeu o emprego. O
José Carlos; a sua vida está
repleta de trabalho duro, de condições difíceis e de um grande amor.
Quando o José Carlos
e a esposa, a Rita se encontraram pela primeira vez, foi como se tivessem sido
cimentados juntos para toda a vida. O
José
Carlos ainda se refere à esposa como "um milagre de mulher". Mergulharam
de cabeça na vida em conjunto, criaram uma família e trabalharam arduamente.
Ambos dizem que a vida tem
sido uma aventura divertida e esgotante. Nenhum deles fala imponentemente do "sentido da
vida" mas, quando conhecemos a sua história, compreendemos que o José
Carlos e Rita encontraram sentido em trabalhar para eles próprios e para a
sociedade e em fazer o trabalho com amor. Acreditam que a vida precisa deles, e
a chave reside naquilo que o José Carlos sempre disse: "A questão è
encontrar trabalho que precise de ser feito". Ambos foram à procura desse
trabalho que precisava de ser feito.
José Carlos e Rita
abriram um lar para idosos na sua vila onde este tipo de apoio era muito
escasso. Assim deram ás suas vidas um novo sentido, quando tudo parecia
desmoronar-se.
Estamos habituados a
julgar o nosso valor e o dos outros em função do que fazemos e das recompensas
financeiras que recebemos. Contudo, damos tanto por sermos como por
fazermos. Talvez sinta que a sua razão de existir seja dar amor. Se for o caso,
transporte essa razão de ser consigo para todo o lado: para a rua, para a
mercearia, para outros países, para ode quer que vá. Como o momento presente é
tudo o que temos como certo, é muito importante criar sentido agora mesmo.
Enquanto lê isto,
outro momento já passou. Esperamos por epifanias mas, na realidade, este
instante é tudo o que temos garantido.
Quando se referia às pessoas do
Ocidente, um homem da china dizia: "Quando vocês se sentam, estão à espera
de se levantar. Quando estão parados, estão à espera de caminhar. Mas quando
nós, na China, nos sentamos, sentamo-nos. Quando caminhamos, caminhamos. E
quando nos deitamos, deitamos".
Quando éramos
crianças, mal podíamos esperar para ir para a escola. Depois, ansiávamos pelo
fim para podermos ir para a faculdade, a seguir para casar e ter filhos, depois
pela altura em que os nossos filhos fossem crescidos, depois pela reforma. Então
a vida iria realmente começar! É disparatado adiarmos o desfrutar a vida só
porque assumimos (em geral erradamente) que tudo será melhor depois.
"Lembre-se de viver enquanto está vivo, lembre-se de amar quando se
atreve", diz Piet Hein.
O único momento que possuímos como
certo é este. A minha mãe dizia-me muitas vezes que era importante valorizar a unicidade
de cada momento, prendê-lo ao meu coração e "colocar uma moldura dourada à
sua volta". É um exercício para treinar a visão e o coração a verem que
este preciso segundo é um momento tão valioso.
As coisas são
como são. A arte de viver requer que nós aceitemos os factos da vida e tiremos
o melhor proveito deles.
O "tesouro" está a nossa
frente neste preciso momento, se escolhermos vê-lo. Viver totalmente é gozar a
vida agora mesmo, estar no momento. Não há razão para adiar viver. Há uma profunda
sabedoria e arrependimento nestas palavras: "Todos aqueles dias que vieram
e foram, não percebi que eram a vida".
A vida é um grande
mistério, que vamos desvendando juntos. O mistério torna a vida mais empolgante
e dá-lhe sentido. Aprendemos ao longo do caminho, a partir de nós e dos outros.
Felizmente, nunca iremos aprender tudo o que há para saber acerca da vida do
ser humano, porque então o prazer da vida teria desaparecido; a viagem teria
terminado.
Caminhamos ao longo
da vida, cada um no seu próprio trilho, com diferentes esperanças, expectativas,
experiências e "tesouros" para darmos uns aos outros. Há muito para
celebrar ao longo do caminho, se escolhermos fazê-lo. Vamos tentar celebrar
mais e sentir que a vida tem sentido porque escolhemos viver no presente, neste
preciso momento. Vamos celebrar hoje!
Jorge Neves
Ao longo do tempo, temo-nos
questionado sobre o sentido da vida, "Quem sou eu? Porque estou aqui na terra?"
Na busca de respostas a estas
perguntas eternas, todos - O físico nuclear e a criança, o sem-abrigo e o milionário,
o padre a dona de casa, o cristão e o muçulmano - estamos em pé de igualdade.
Todos temos o direito de fazer estas perguntas, mas ninguém pode realmente
saber a resposta "certa" para outra pessoa.
É possível que a
vida não tenha sentido universal intrínseco.
Parece-me que temos
encontrar um sentido através
dos nossos pensamentos e ações que esteja em harmonia com a nossa vida
interior. É dentro de nós que encontramos o segredo da vida, o sentido que
tanto procuramos.
Quando encontramos
um sentido para a nossa vida, todos os nossos esforços começam também a ter
sentido. A minha missão é desvendar os recursos escondidos nos outros e em mim,
que permitam criar a vida que quero. É algo que me dá uma grande satisfação e
me parece correto, o que acredito ser suficiente.
Há quem pense de
forma diferente, mas eu acredito que todos temos uma missão na vida e que descobrindo
qual é, esta torna-se mais fácil, mais rica e com mais sentido
Todos somos motivados por coisas
diferentes, mas todos podemos dar sentido ao nosso caminho. O que o faz feliz?
Se sabe a resposta já encontrou a chave para dar sentido à sua vida.
Desenvolver uma maior compreensão pela vida faz com que você queira partilhar
mais as suas perceções com os outros.
Qual é a sua missão? Quer esteja
consciente ou não, encontra a resposta lá no fundo de si mesmo. Interrogue-se
várias vezes, até descobrir o que é verdadeiramente importante para si. Pode
levar algum tempo, por isso seja paciente:
O que faz sentido
para si?
O que o faz feliz?
O que faz o seu
coração exultar de alegria?
Nós humanos somos
criaturas delicadas e enfrentamos muitos obstáculos que impedem que nos
apliquemos no que realmente nos dá felicidade e sentido.
Jorge Neves
1. O objetivo de
"ter"
É normal querer
coisas. O mundo Ocidental está inundado de bens materiais e
querer adquiri-los e possuí-los é um sentimento que nos é familiar a todos. Na
verdade, podemos divertir-nos bastante quando procuramos coisas que nos interessam
e, consequentemente, muitas vezes desenvolvemos ligações profundas com o que
possuímos. Há quem considere que a necessidade de adquirir bens materiais foi
longe de mais. Não vou fazer juízos de valor sobre a alegria de "ter
coisas", mas defendo que não podemos crescer enquanto seres humanos se
"ter" for a única coisa em que nos empenhamos. Excetuando o facto de
ter um teto para dormir e o suficiente para comer, as coisas são apenas
divertimentos e não devem ser confundidas com necessidades. O problema com este
tipo de divertimento é que, quando ficamos aborrecidos com ele, pensamos que
podemos colmatar a falta de sentido nas nossas vidas com a substituição das
coisas velhas por novas. Mas, pelo contrário, criamos um ciclo interminável de
descontentamento. Por isso, embora o desejo de comprar seja uma parte
integrante e aceitável da vida, é apenas uma peça do puzzle.
2. O objetivo
de alcançar
O Miguel, meu amigo era um homem
muito zangado, cheio de ideias que não tiveram qualquer impacto junto do seu
chefe. O Miguel sentia-se incompreendido e tratado de forma injusta. Não
percebia como é difícil aceitar ideias de alguém muito zangado. Depois de
identificar os seus talentos e as suas capacidades e de se ter convencido de
que não precisava de ser diferente, o Miguel descobriu uma nova paz. Aceitar-se
a si próprio permitiu-lhe analisar de perto a zanga que tinha dominado a sua
vida.
Precisávamos de chegar ao motivo da
sua zanga. O Miguel era crítico literário há muito tempo num jornal local e era
muito respeitado pelo seu conhecimento e compreensão do mundo dos livros. Podia
falar de literatura durante todo o dia, mas nunca se atreveu a admitir que, na
verdade, queria ser escritor. Quando me apercebi disso, já não precisava de adivinhar
porque o Miguel se mostrava sempre tão zangado: Estava a negar a si mesmo a
oportunidade de alcançar um objetivo muito importante.
Quando verbalizou o objetivo
de se estabelecer como escritor, foi surpreendente como o seu compromisso se
tornou tão forte. Agora, dez anos depois, já publicou vários livros. Nem todos
foram bem recebidos, mas isso não o desencoraja de continuar a escrever com
paixão. O mais importante é que o Miguel se dedica a um trabalho que gosta e
vive uma vida mais feliz e mais realizada graças ao que alcançou. Deixou de ser
aquele homem permanentemente zangado com tudo e com todos.
Você também pode
descobrir a forte magia que existe na descoberta do que realmente quer alcançar.
3. O objetivo de ser
Pode ser quem quiser e ter a sua consciência
disso é fundamental para seguir uma vida com a qual se sinta realizado. Que qualidades
quer ter? Quero ser honesto. Quero ser um amigo leal. Quero ser verdadeiro
comigo. Quero ser corajoso. Quero ser um especialista na minha área. Quero ser
carinhoso, paciente, flexível e aberto ao crescimento e à mudança. Quero ter
compaixão e muito mais. Muitas vezes escorrego e caio, mas como sei que
qualidades quero ter, posso recompor-me e prosseguir o meu caminho. Acredito
que posso ser o que quiser, desde que saiba exatamente que qualidades valorizo.
Liderar-se a si próprio na "viagem" da vida é uma aventura
empolgante. Faz constantemente escolhas sobre quem é e quem quer ser e, ao
aceitar estas escolhas, pode tornar-se alguém que você valoriza.
Todos procuramos proximidade com os
outros e a possibilidade de contribuir com o nosso melhor ao longo do caminho.
Os bens materiais não podem preencher o vazio do nosso interior. Enfrentamos os
nossos sentimentos, perdoarmos e sermos verdadeiros connosco dará à vida o
significado que desejamos e muita paz.
Quando nos
confrontamos honestamente com a forma como somos, enfrentamos tanto o nosso
lado melhor, como o nosso pior. Para enfrentar um, temos também de enfrentar e
aceitar o outro, reconhecendo que o nosso lado mais negro desempenha um papel
determinante no contacto que estabelecemos com uma força que é infinita e maior
do que nós, mas ao mesmo tempo nos pertence. Ser o que é neste preciso momento
é o correto, porque é exatamente como devia ser. Ao atravessarmos a escuridão
da noite, caminhamos em direção à luz do dia. A verdade irá libertar-nos para
sermos tal como somos.
Com isto aprendi
muito sobre mim e sobra a vida. aprendi que tenho de tomar conta de mim, porque
mais ninguém tem essa responsabilidade. Aprendi a estabelecer limites, aprendi
a ser verdadeiro comigo, em vez de fazer o que acreditava que os outros
esperavam de mim. Aprendi o que é importante e o que não é. Aprendi que o amor
e estar perto de quem gostamos são as componentes mais importantes de uma vida
com significado. Aprendi a distinguir os amigos verdadeiros dos falsos. Aprendi
que a vida não pode ser dada como adquirida. Aprendi a ter cuidado com o meu
corpo, a fazer exercício e a descansar.
Aprendi que a
vida é vivida neste preciso momento! Aprendi que não havia nada por que
esperar; a vida é que tinha estado à minha espera.
Dê ouvidos aos "avisos" e
atreva-se a viver!
Jorge Neves
Imagine-se já com
uma certa idade, sentado num banco do jardim apanhando sol numa tarde de
Outono. Pense na alegria que terá ao lembrar-se de todas as coisas que se
atreveu a fazer e a dizer e das escolhas que teve a coragem de fazer porque
assumiu o controlo da sua vida. Agora
lembre-se que ser verdadeiro consigo é o mesmo que ser verdadeiro com os
outros.
Uma vez, fui a um
jantar dedicado ao Henrique, a quem a empresa homenageava por 35 anos de
serviço leal. Quando o Henrique se sentou á minha frente, senti um grande
respeito pela sua contribuição e educadamente perguntei-lhe: "Foi feliz
durante estes 35 anos?" A resposta pronta foi um choque: "Nem
por um minuto".
Tentei perceber como
é isso tinha sido possível. "Mas não houve nada de que tenha gostado no
seu emprego durante todo este tempo?" O Henrique contou-me que tinha
trabalhado algum tempo em carpintaria, algo de que realmente tinha gostado.
Então perguntei-lhe porque não tinha continuado nesse tipo de trabalho.
Respondeu que experimentou uma vez, mas que não tinha resultado. Uma vez! Só
uma vez! Porque não uma centena de vezes? Pensei. Mas depois lembrei-me que
estas escolhas não eram minhas: eram do Henrique e só dele. Ele tinha o direito
de escolher o que queria, porque a sua vida era da sua responsabilidade e de
mais ninguém. Enquanto estava sentado a olhar fixamente para as suas mãos, que
eram obviamente feitas para a carpintaria, ele percebeu o meu descontentamento.
"Não fique triste", disse. "Acabei de comprar uma bancada de
carpinteiro".
Pense por um momento
em todos aqueles que morrem sem sequer terem escolhido comprar a sua
"bancada de carpinteiro"! Quando acreditamos profundamente que algo é
possível, torna-se possível. Se só vimos impossibilidades, então isso é o que
garantimos para nós. Tem sido dito que a perceção é 100 por cento de realidade.
Se acreditarmos que somos demasiado novos, então somos demasiado novos; se
pensarmos que somos demasiado fracos, somos demasiado fracos. Temos de ter
plena consciência de como escolhemos ver o mundo, porque essa é a realidade em
que nos colocamos.
Quando percebi que
os meus pensamentos controlam a minha vida, alterei a minha forma de
estar.
Resista à
hesitação que sente quando olha à sua volta e vê que ninguém na sua família ou
na sua vizinhança alguma vez fez aquilo que quer fazer. Evite a armadilha de
acreditar que não irá ter sucesso, só porque mais ninguém o alcançou.
Você é único, mais ninguém consegue
fazer o mesmo e de maneira igual. Nem pode avaliar se os seus objetivos são realistas.
Ninguém conseguirá estar na sua posição e saber o que pode alcançar. É
espantoso o que pode conseguir quando realmente quer alguma coisa e está
disposto a fazer tudo o que for preciso para a obter.
Jorge Neves
"A nossa viagem
pela vida pode ter um sentido e um objetivo, mas é o caminho em si que vale a
pena"
- Karin Boye
Quando um amigo de
longa data me perguntou como é que eu estava, disse-lhe que estava a gozar a
viagem. "Então", perguntou ele, "descobriste que o caminho, e
não apenas a conquista dos teus objetivos, dá verdadeiro sentido á vida"?
"Sim", respondi, "mas a viagem não teria tido tanto significado
se não tivesse tido objetivos definidos que me guiassem".
Aprenda a
desfrutar a viagem, sem esquecer que o dia-a-dia ganha sentido quando tem objetivos
que o conduzem. Os objetivos dão-lhe orientação sobre o caminho, esperança, fé
e um sentido de missão que, caso contrário, poderia constituir uma lacuna na
sua vida. É importante lembrar-se que não é simplesmente um produto dos objetivos
que conquista. É o processo e o caminho que segue na perseguição dos seus objetivos
- independentemente dos os atingir ou não - que o definem verdadeiramente.
Encontro muita gente
que tem falta de energia e parece ter perdido a capacidade de gozar a vida.
Geralmente estão na casa dos 40 e 50 anos, embora as outras faixas etárias não
estejam imunes. Começam a ficar cansados e perdem o interesse pelos seus
esforços. Se isto lhe parece familiar, talvez esteja na altura de reexaminar a
sua vida.
Não é suficiente ter
objetivos antigos que permaneceram dentro de si, mas que perdem interesse, a
intensidade e o poder de o inspirar. Pergunte-se o que o entusiasma hoje, neste
preciso momento. O que o faz feliz? Qual é a sua recordação mais preciosa? Qual
é a área do seu trabalho que mais aprecia? Ao responder a estas questões,
desafia-se a planear uma vida que alimenta o crescimento do que é mais
importante para si. Para ser bem-sucedido, tem de se dedicar a atividades que reflitam
a sua alma, abandonando os "eu devia" e adotando os
"eu quero".
Além de efetuar os exercícios do seu
conhecimento que o ajudam a desenvolver a sua Inteligência Emocional, é crucial
que desvende os objetivos encerrados no seu "eu" mais profundo, no
seu coração e na sua alma. Quando o fizer, uma nova energia irá emergir,
dando-lhe vontade e força suficientes para criar uma vida com significado.
Independentemente da sua idade, dar vida aos seus objetivos essenciais irá
acrescentar ao seu dia-a-dia um ânimo que só será possível se procurar o que é
realmente importante para si.
Muitos convencem-se
que "têm" de saber muito, fazer muito e ser capazes de muito. Encarar
a vida como uma série de "ter de" pode ser destrutivo.
Na realidade, não temos de fazer tudo. Pelo contrário, escolhemos fazer tudo.
Se, de facto, fosse gerido pelo verbo "ter", estaria a
renunciar a toda a responsabilidade pela sua vida. Assumir a responsabilidade
pela sua existência dá-lhe a chave para reconhecer a sua liberdade de escolha.
Obviamente, as
consequências surgem das nossas decisões e tornam-se visíveis quando fazemos
escolhas. Recuar um passo na nossa vida permite-nos perceber que o que somos e
onde estamos resulta das escolhas, conscientes ou não, que fazemos ao longo do caminho.
Por isso é que é tão importantes ser-mos cuidadosos nas nossas escolhas. Reserve
um momento para si e usufrua da capacidade de escolha; depois veja o que
sentiria se não a tivesse. Quais são as suas escolhas?
Irá encontrar a
Inteligência Emocional no ponto onde as emoções interagem com o pensamento -
onde a boa disposição o leva a pensar positivo - e precisa de utilizar essa
Inteligência Emocional para fazer escolhas mais acertadas, que dão origem a uma
vida melhor.
Dar a si próprio
o presente da escolha pode ser uma experiência única, especialmente se não
estiver habituado a fazê-lo. Para o ajudar, tente recordar-se dos seus momentos
mais felizes.
Inicie esta viagem pelo passado,
escolhendo cinco memórias agradáveis. Assim que as tiver identificado, vá um
pouco mais fundo e verifique porque é que o fazem feliz. Prometo que ao fazer
este exercício irá descobrir novas forças e uma capacidade que irá iluminar um objetivo.
Tenha atenção,
contudo, para não ser desviado para eventos da sua vida que outros consideram
"bem-sucedidos" ou "empolgantes". É perigoso deixar a
aprovação de outros definir a nossa felicidade. Em vez disso, concentre-se
naqueles momentos da sua vida que lhe deram mais prazer, independentemente das reações
dos outros.
Quando tiver tirado
algum tempo para descobrir o que realmente gosta de fazer, o próximo passo será
compreender melhor porque o faz feliz. Saber isso irá ajudá-lo a desenvolver objetivos
que se enquadram na sua verdadeira natureza. Alinhar as suas paixões com os
seus objetivos produz uma energia poderosa, que se estende a toda a sua vida.
Compreender e dar sentido aos seus objetivos resulta numa profundidade de
significado que cria todo maior do que a soma das partes. Se sentir que perdeu
o estímulo interior que o faz mover, tente definir um novo caminho.
Saber que temos de nos levantar e pagar as contas ou ir despejar o lixo
não é o que faz saltar alegremente da cama todas as manhãs. São os nossos objetivos
que fazem isso. Estes têm de ser ricos e atrativos o suficiente para prender a
nossa atenção. Os psicólogos dizem muitas vezes que devíamos ter objetivos
realistas, proporcionais às nossas capacidades. Isto pode ser verdade em
relação a alguns objetivos, mas encoraja-o a conceder a si próprio o luxuoso
prazer dos sonhos ambiciosos e empolgantes. Abandone as suas inibições e lute
por um objetivo que faz o seu coração palpitar e o seu sangue correr mais
rápido nas veias.
Atreve-se a
conquistar o seu objetivo? Preocupa-se com que os outros dizem? Incomoda-o que
se riam ou gozem do facto de não ter tido sucesso? Lembre-se isto não é sobre
os outros, é sobre si. Nunca abandone um objetivo que tenha origem no seu
coração. Isso seria o mesmo que dizer "não" à vida. Não desista de
nada que realmente o entusiasme, mesmo que ao início pareça impossível. Não subestime
o tremendo poder que vem de dentro quando acredita verdadeiramente no seu objetivo
e assume o compromisso de o alcançar. É nessas alturas que pode fazer o
"impossível".
Jorge Neves