Na relação com os outros, o ser humano vai-se descobrindo. Mas, apesar de todos os progressos, há muitos obstáculos qui impedem o conhecimento de si. Dada a complexidade humana, ninguém consegue ter de si próprio uma imagem correta. Ninguém possui todas as informações a seu respeito.
Ninguém vê, exactamente,todas as dimensões do «eu» ou facetas da sua personalidade.
Há dimensões conhecidas por nós e pelos outros.
Há dimensões conhecidas por nós e ignoradas pelos outros.
Há dimensões conhecidas pelos outros e ignoradas por nós.
Há dimensões desconhecidas por nós e pelos outros.
Usando o esquema da janela « Janela Joari», para representar o grau de lucidez nas relações interpessoais, podemos afirmar que existem quatro dimensões do « eu»
O « eu» aberto,
O « eu» secreto
O « eu» cego
O « eu» desconhecido
Estas dimensões ou facetas da nossa personalidade diferenciam-se pelo facto de serem mais ou menos conhecidas pelo próprio e pelos outros.
Assim:
«Eu» aberto. É a área conhecida pelo próprio e pelos outros. São facetas da personalidade que conhecemos em nós e damos a conhecer aos outros.
«Eu» secreto. É a área conhecida pelo próprio e vedada aos outros. São facetas da personalidade que conhecemos em nós e não revelamos aos outros.
«Eu» Cego. É a área conhecida pelos outros e ignorada pelo próprio. São facetas da personalidade que os outros veem e nós podemos ou não queremos ver.
«Eu» desconhecido. É a área «escura» para o próprio e para os outros. São facetas mais profundas da personalidade que, pela dificuldade de acesso direto, permanecem ignoradas, como se não existissem.
Nota: Tomar consciência de si mesmo, é o processo mais importante que acontece na vida de uma pessoa.
Jorge Neves
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