Vejamos:
Por eficácia entende-se o grau em que as pessoas conseguem atingir os objetivos definidos
(independentemente) da forma como o fizeram; por eficiência, a relação existente entre os meios utilizados e os fins atingidos.
Utilizando um daqueles exemplos absurdos (mas por vezes muito úteis ) para explicar conceitos aparentemente complexos, que o meu amigo estava numa sala a querer trabalhar e que uma «chata» de uma mosca andava a passear-se pelo espaço, perturbando-lhe a concentração. De repente, surgia-lhe no seu íntimo um espírito de «combate» e elegia a mosca como o «inimigo a abater». Por outras palavras, resolvia que queria matar a mosca. Aí você seria eficaz se conseguisse exterminar o dito objeto voador. Pondo-se a pensar sobre as alternativas que tinha para o fazer, três lhe ocorreram de imediato: primeira, transformar-se em sniper e, com auxílio de uma espingarda G3, por exemplo, começar a fazer tiro ao alvo. A não ser seja um exímio atirador, é de supor que, antes de atingir o seu objetivo, consumisse uma série de munições e que esburacasse a parede toda. Dando o benefício da dúvida, vou admitir que ao fim inúmeros disparos você consiga matar o bicho. Neste caso terá sido eficaz. A segunda alternativa que se lhe depara era ir comprar uma lata de inseticida e espalhar o seu conteúdo pelo magnífico ar (até então) respirável do seu gabinete. Neste segundo cenário, era certo a morte do inseto e certo também, que durante algum tempo não poderia utilizar a sala, sob pena de não ficar muito bem-disposto. Também aqui, você teria sido eficaz. Finalmente, o terceiro cenário que lhe ocorria era esperar que a mosca pousasse e, com um jornal dar-lhe o fim desejado. Enfim, também seria eficaz. Qual das três formas seria a mais eficiente? Estou certo que concordará comigo que a última seria a resposta mais eficiente.
Jorge Neves
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