Mesmo que não sejamos «vidrinhos frágeis». há, naturalmente, situações que nos fazem sofrer. Mas, muitas vezes, sofremos mais, porque exageramos a importãncia das coisas. Chegamos até a descobrir problemas onde eles não existem. O caso mais grave é o daquelas pessoas inseguras e agressivas que interpretam tudo como se fosse contra elas, vendo «alfinetadas» ou insultos escondidos em simples comentários pessoais. Até no riso dos outros, à sua volta, conseguem ver ameaças... Tem-se razão ao afirmar que «o que preocupa os homens e as mulheres não são os acontecimentos, mas a ideia que fazem destes». O problema está na perspectiva.
Para relativizar a importância das críticas, é necessário, antes de mais, conhecer a pessoa que nos critica e a sua verdadeira motivação. Haverá um propósito honesto por detrás das palavras mais ou menos agressivas? Será que os outros querem mesmo ofender? A intenção será «dar nas vistas»? Trata-se de um simples desabafo? Será inveja?
«Deixar chover» e... dedicar-se a qualquer actividade - eis a melhor resposta, quando a crítica é um desabafo ou um ataque de inveja vindo de pessoas que não nos merecem qualquer crédito.
Há, de facto, pessoas mesquinhas que se comprazem em fazer comentários cruéis e destrutivos. E têm a ousadia de dizer que se trata de «crítica construtiva»! Como responder? A sugestão de Francis Bacan é que desprezem as ninharias: «A mais alta vingança da maledicência é o desprezo ou o esquecimento.»
Porquê sentir-se ferido ou ameaçado com o julgamento dos outros? Porquê deixar-se irritar ou abater por alguma coisa que talvez não tenha qualquer valor, dentro de uma semana ou dentro de um mês? As estatísticas comprovam que, na maioria das vezes, as coisas não têm a importância que, à primeira vista lhes damos. O pior raramente acontece.
Não podemos ignorar os problemas reais. Mas podemos mostrar-nos superiores às adversidades, relativizando a sua importância.
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