quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

GESTÃO E LIDERANÇA - COMO MANTER OS COLABORADORES MOTIVADOS

 






Qual é a melhor maneira de o fazer?

  Quero  eu dizer,  além de  que  com o dinheiro? Isso, porque quanto chefe você já viu  como o dinheiro é eficaz para acender "o fogo" motivacional - mesmo com os seus colaboradores que dizem que o dinheiro não é verdadeiramente importante! De facto, o poder que o dinheiro tem de transmitir energia às pessoas é tão visto e usado que não insisto no assunto. Vou falar  sobre duas outras formas de motivação comprovada: conteúdo de trabalho interessante  e colegas de trabalho agradáveis. Já sabe como estas condições são eficazes na tentativa de conseguir que  os  seus colaboradores  se dediquem de alma e coração ao trabalho.
Tal como o dinheiro, são fontes motivacionais informais.
  Mas se apenas fossem necessárias três fontes motivacionais informais, não seria,  o enorme desafio que na realidade é.
  Então, que mais se pode fazer? Felizmente, existem outras quatro ferramentas  de motivação que pode libertar, todas não monetárias e bastante eficazes.
  A primeira é fácil: reconhecimento. Quando uma pessoa ou uma equipa faz algo notável, faça um alarido. Anuncie o feito publicamente, fale sobre ele sempre que tiver oportunidade. Distribua prémios.
  Quando  se sugere esta sugestão a grupos empresariais, quase inevitavelmente alguém se mostra preocupado com quem não é alvo de reconhecimento. Podem ficar magoados, dizem, ou desmotivados com tal aparato. Isto é um disparate; é fazer as vontades ao público errado! Se tiver as pessoas certas na empresa  - isto é, jogadores de equipa competitivos e otimistas - o reconhecimento público apenas eleva a fasquia para todos.
  Uma última nota sobre o reconhecimento, especialmente quando aparece sob a forma de uma placa com uma inscrição. Este tipo de objetos são todos ótimos, mas lembre-se que nunca podem ser dados em substituição de dinheiro. São uma  adenda.  As placas ganham pó; os cheques podem ser depositados.
  A segunda ferramenta devia ser fácil, mas parece que não é: comemoração. Digo isto porque, onde quer que vá, pergunto  se acha que a sua empresas comemora suficientemente o sucesso e, geralmente,  muito pouca gente diz que sim. Que oportunidade perdida! Comemorar as vitórias é uma forma extremamente eficaz de manter as pessoas comprometidas em todo percurso. E não estou  a falar de comemorar apenas as grandes vitórias - estou a falar de assinalar acontecimentos importantes tais como uma grande encomenda ou um modo de fazer as coisas que aumente a produtividade ou a satisfação do cliente. Seja o que for - todos estes pequenos sucessos são oportunidades  de felicitar a equipa e fortalecer os seus espíritos para o desafio que  se segue.
  As comemorações não precisam de ser elaboradas ou dispendiosas, afinal são apenas outra forma de reconhecimento, mas com mais diversão.
   Pode ser um churrasco surpresa num determinado dia. Pode ser bilhetes para um jogo ou para o cinema. Pode ser enviar alguns colaboradores com melhor desempenho e respetivas famílias para a Disney World  etc.
 O que nos leva ao que a comemoração não é. Não é ir jantar fora consigo. Quase mais nada enche os corações  dos colaboradores de terror  do que chefe dizer: " Bom trabalho! Hoje vou levar toda  a gente a jantar ao Atlântico!" Os colaboradores passam o dia todo consigo e podem gostar muito de si, mas não é motivante ser recompensado com uma marcha forçada para um acontecimento social fora do horário de trabalho, mesmo que a comida seja boa.
  A próxima ferramenta motivacional  é verdadeiramente poderosa, mas só pode ser usada se tiver a certeza absoluta da sua missão. Pode estar a pensar: "Os chefes não são todos transparentes em relação às missões? Mas  muitas vezes não são. Aliás, é minha convicção que muitos líderes estão tão ocupados com seu trabalho diário que as suas moções ficam para segundo plano.
  É claro que é inevitável que as crises desviem, ocasionalmente, a atenção da verdadeira missão, mas para progredir uma equipa tem de entender e de acreditar para onde vai. Precisa de um objetivo comum, um sentimento coletivo de finalidade. E é exatamente isso que uma grande missão lhe dá: um sistema de crenças inspiradoras e arrojadas para conquistar a alma e o coração dos seus colaboradores. Uma missão permite aos chefes dizer: "Ali está a serra. Vamos conquistá-la em conjunto!" um grito de guerra motivador, se alguma vez existiu algum.
  A última ferramenta motivacional que  vou fazer referência é, provavelmente, a mais difícil de implementar. Sim para muitos grandes líderes faz parte do seu "jeito" especial, mas para  aqueles menos experientes é difícil ter sucesso.
  Estou a falar de de criar ambiente de trabalho com equilíbrio certo de realização e desafio. As pessoas precisam de um sentimento de sucesso para se entusiasmarem com o trabalho. Mas aborrecem-se se também não forem testadas - isto é, se não estiverem a aprender e a crescer. Por outras palavras, ficam motivadas quando se sentem come se estivessem no cume da montanha e como se ainda estivessem a escalá-la.
  Muito simplesmente, os chefes que criam empregos com este tipo de estímulo integrado têm uma vantagem competitiva real. Os seus colaboradores estão num nível mais à frente em termos de motivação e isso vê-se no seu desempenho.
  Agora, volto ao dinheiro.
   É claro que há quem se motive pelas recompensas financeiras, mas raramente seguem carreiras empresariais. é por isso, quando se pensar em motivação, temos de pensar em recompensas financeiras em primeiro lugar. É importante não esquecer, que nem sempre a questão é quanto dá aos  seus colaboradores; por vezes é quanto lhes dá em relação aos seus pares. O dinheiro é uma forma de registar resultados, mas  também a procura de  ser o  melhor entre os melhores, faz com que muitos se esforcem um pouco mais. Mostrar reconhecimento, um sentimento de diversão, um objectivo comum aliciante, uma atenção individual ao desafio de cada função.
  Partilhar com os colaboradores a verdadeira missão  e os  valores a que  ela  estão inerentes, bem como implementar avaliações de desempenho justas e francas, será sem dúvida uma mudança  para melhor.


Jorge Neves

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