quinta-feira, 15 de outubro de 2015

AUTO AJUDA - A SUA MEMÓRIA NÃO TEM LIMITES








  « A verdadeira arte da memória é a arte de prestar atenção»

  Para a maioria de nós, as principais preocupações com o envelhecimento prendem-se com a perda das nossas memórias.
  A memória não tem limites - independentemente da idade. Muitas pessoas idosas podem demorar um pouco mais de tempo a lembrar-se das coisas. Porém, a memória está lá, e parece ser tão boa quanto qualquer outra idade.
  Em vez de esperarmos a inevitabilidade de cada vez mais episódios de perda de memória à medida que envelhecemos, deveríamos relembrar-nos apenas do que é possível. Existem muitos exemplos de uma grande longevidade mental. Por exemplo os melhores trabalhos de Miguel Ângelo datam dos seus 60 anos, e, quando morreu aos 89 anos, ainda criava trabalhos de mestre. Exemplos como este são muitos em muitas pessoas.

  O que é a memória?

  A memória é muitas coisas diferentes. É a recordação daquele dia chuvoso passado na Senhora do Desterro em plena Serra da Estrela num passado recente e também à quarenta anos atrás. É a capacidade de escrever uma carta sem pensar como deverá segurar a caneta e desenhar as letras. É o que lhe permite manter em mente o inicio desta frase mesmo quando estiver a ler o fim... A memória está envolvida em tudo o que alguma vez aprendeu, ou experimentou. As memórias são criadas, armazenadas e relembradas em cada momento da sua vida.
  Quando se lembra de algo, o seu cérebro fá-lo criando novas séries de ligações nervosas, designadas por «trilho mental» Quando tem um esquecimento, isso significa que as ligações se quebraram por falta de uso. A memória é uma tarefa complexa, com multi-camadas, que ocorre em todas as partes do seu cérebro.
  Algumas memórias estão limitadas a determinadas partes do cérebro. A maioria regista-se em redes que interagem umas com as outras ou mesmo com todo o cérebro em conjunto.

  Em tempos, os psicólogos pensavam que iriam descobrir que cada memória tinha a sua própria localização no cérebro. Se possuírem as ferramentas certas, pensavam que poderiam, um dia, identificar o grupo de neurónios( ou mesmo o único neurónio) no qual a memória foi gravada.
  Apesar de existirem, de facto, partes do cérebro associadas a determinadas competências em particular, sabemos hoje que a associação do local a estas competências está longe de ser rígida. De facto, parece provável que a maioria das memórias estimule todo o cérebro.
  Mais: a maioria das memórias está longe de ser um registo imutável. De cada vez que uma memória é utilizada, ela muda ligeiramente. Por exemplo quando se faz uma refeição fora de casa, o seu córtex frontal - a parte lógica do seu cérebro - organizará os pormenores físicos do acontecimento num tipo de memória. A sua amígdala - o seu centro emocional - atribuirá significado emocional a estas memórias.  Se se lembra de se sentir muito bem nessa noite, as memórias são associadas a um sentimento bom. Na semana seguinte, descobre que a sua companhia do jantar o trocou por outra pessoa. Neste caso, sempre que tentar recordar esse jantar, ele será enquadrado num contexto emocional completamente diferente. A memória terá um curto significado, e recordá-lo-á de forma muito diversa. As ligações envolvidas no historial de memória alteraram-se.

  Pense como um jovem, mantenha-se jovem.

  Na China, as pessoas mais idosas ainda são, na generalidade, reverenciadas pela sua sabedoria, e a velhice não tem as conotações negativas que existem no ocidente.

  A lição é clara: se ficar à espera de que a sua memória enfraqueça e de que os seus poderes mentais entrem em declínio à medida que envelhece, então as suas expectativas podem tornar-se uma realidade. Se esperar entrar na velhice repleto de sabedoria e com poderes mentais mais fortes do que nunca, é mais provável que consiga.


Jorge Neves


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