«O conhecimento surge, mas a sabedoria perdura».
(Lorde A. Tennyson)
Poderá dizer-se que a sabedoria consiste na capacidade de captar a essência de situações complexas e agir de acordo com ela. Faz total sentido associá-la à idade. Esta capacidade de captar o que é importante é conseguido só através de um longo processo de tentativa, erro e êxito. Quando envelhecemos, já fomos expostos a inúmeras situações, e cada uma destas forneceu inputs ao nosso cérebro. Aprendemos tanto com os nossos êxitos quanto com os nossos falhanços.
Estudos recentes mostraram que quanto mais velhos somos mais estáveis nos tornamos emocionalmente. Os nossos cérebros tornam-se muito menos susceptíveis a neuroses e a emoções negativas, o que nos ajuda a ver tudo com maior clareza. Claro que as pessoas mais velhas poderiam ter-lhe dito isto há muito tempo atrás. Porem hoje em dia existem cada vez mais evidências científicas que o suportam.
Os cientistas também começaram a aperceber-se de que através do treino do lado direito do cérebro é possível aumentar o seu QI. Este está intimamente relacionado com a sua memória funcional, ou seja, com a quantidade de informação corrente que consegue armazenar no seu cérebro a qualquer momento. Os neurocientistas cognitivos que estudam o desenvolvimento e a plasticidade do cérebro durante a infância, em particular o desenvolvimento da atenção e a memória funcional, em que, com o auxílio de um programa de treino especialmente concebido para o efeito, demonstram que os sistemas neuronais utilizados na memória funcional podem efectivamente desenvolver-se em resposta ao treino.
Com um treino adequado é possível tornar-se mais inteligente. Creia; esta é uma ideia apelativa, por direito que poderá ajudá-lo a tornar o se cérebro à prova da idade.
Torne-se um especialista.
Algumas pessoas surpreendem-nos com as sua capacidades: o campeão de memória que consegue memorizar uma grande sequência de números, o pianista que consegue ler um pauta difícil ao mesmo tempo que fala com a sua classe de cantores, o analista informático que consegue entrar na rede de computadores do departamento de defesa nacional. Com a ajuda de modernos equipamentos de imagem e de técnicas de investigação, os cientistas começaram a estudar os cérebros destas pessoas extraordinárias e descobriram que não são diferentes de qualquer outra pessoa. De facto, é muito possível que a maioria de nós se possa tornar um especialista em qualquer área que deseje.Tudo aquilo de que necessitamos é de motivação para adquirir a competência. Isto significa que temos, claro, de disponibilizar tempo e esforço. A prática feita com dedicação acumula cada vez mais informação na sua memória automática, ou seja , a que não ocupa espaço na sua memória funcional e que lhe permite fazer coisas sem sequer pensar nelas.
Com prática, as estimativas sugerem que demora cerca de 10 anos a tornar-se aquilo a que a maioria das pessoas considera um especialista; e as recompensas são enormes.
O seu cérebro é fantástico - e pode continuar assim. A ciência está a confirmar hoje o que muitas pessoas têm vindo a dizer há muito tempo, ou seja, que a função cerebral não tem de declinar com a idade. Se utilizar o seu cérebro de forma correcta e se continuar a desafiá-lo, conseguirá desenvolver o seu potencial em qualquer idade,
Jorge Neves
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