Se tivesse de escolher, quais identificaria como as três medidas que dão uma melhor ideia da saúde de uma empresa?
Todos os tipos de negócios, sem falar de todos os tipos de gestores, têm um conjunto diferente de estatísticas vitais que são realmente importantes. Para a área industrial pode ser a rotação de inventário, a entrega a horas e os custos unitários. Para o marketing pode ser os novos fechos de contas, a quota de mercado e o crescimento de vendas. Para os gestores call centers pode ser o tempo de atendimento, o número de chamadas que caem e a retenção de colaboradores.
Mas se está a gerir um negócio, quer seja uma loja de bairro ou uma grande empresa que vende produtos variados, diríamos que há três indicadores-chave que realmente funcionam: compromisso dos colaboradores, satisfação do cliente e o cash flow.
Estas medidas de avaliação não lhe dizem tudo o que precisa de saber, mas quase. Elas vão mesmo ao cerne do desempenho global de uma empresa, agora e no futuro.
Em primeiro lugar falemos sobre o compromisso dos colaboradores. Não é preciso dizer que nenhuma empresa, grande ou pequena, pode vencer com o passar do tempo sem ter colaboradores cheios de energia que acreditam na missão e compreendem como a realizar.
É por isso que precisa de testar o compromisso dos colaboradores, pelo menos uma vez por ano, com inquéritos anónimos para que sintam que é completamente seguro dizer o que pensam.
Mas tenha cuidado. Não caia na habitual armadilha de deixar que estes inquéritos incidam sobre pequenas coisas, como questões sobre a qualidade da comida na cantina ou a disponibilidade de lugares de estacionamento no parque da empresa. Os melhores inquéritos e com mais significado sobre o compromisso dos colaboradores estão muito afastados disso. Eles sondam a opinião dos colaboradores sobre um rumo estratégico da empresa e a qualidade das suas oportunidades de carreira. Perguntam: " Acha que a empresa tem um conjunto de objetivos que as pessoas compreendem, aceitam e apoiam?" e " Sente que a empresa se preocupa consigo e que lhe foi dada a oportunidade de crescer?" e "Sente que o seu trabalho diário está relacionado com o que os líderes da empresa dizem nos seus discursos e no relatório anual? “estamos aqui
Os melhores inquéritos sobre o compromisso dos colaboradores preocupam-se com ua pergunta: "Estamos aqui todos na mesma equipa?"
Como é óbvio, o crescimento é a chave para a viabilidade a longo prazo, é por isso que a satisfação do cliente é o segundo sinal vital para os diretores-gerais. Mais uma vez, esta medida de avaliação pode ser conseguida através de inquéritos, mas normalmente estes são insuficientes para lhe darem os dados realistas de que precisa para uma verdadeira análise da situação. Tem de fazer visitas. E não vá apenas conversar com os bons clientes. Vá ter com os mais difíceis, aqueles cujas encomendas são inconsistentes ou estão a diminuir. Vá falar com aqueles com quem a sua equipa de vendas não gosta de falar.
Torne estas visitas num processo de aprendizagem. Descubra uma dúzia de maneiras de perguntar "O que podemos fazer melhor?" E não se vá embora sem descobrir se cada cliente recomendaria os seus produtos ou serviços. Esta é a prova de fogo à satisfação dos clientes.
Por último, existe o cash flow, que é valioso porque não mente. Todos os cálculos, como o rendimento líquido, têm alguma utilidade. Foram "massajados" durante o processo contabilístico, que está repleto de suposições. Mas o cash flow livre informa-o sobre as verdadeiras condições do negócio. Dá-lhe uma noção da sua margem de manobra - se pode devolver dinheiro aos acionistas, reduzir dívidas, ou contrair mais empréstimos para crescer mais rapidamente, ou qualquer combinação destas opções. O cash flow ajuda-o, basicamente, a compreender e a controlar o seu destino.
Sem dúvida, existem muitas medidas de avaliação que lhe dão uma ideia do estado do seu negócio. Mas se tiver compromisso por parte dos colaboradores, satisfação dos clientes e cash flow em ordem, pode ter a certeza que a sua empresa é saudável - e está no caminho para vencer.
Jorge neves
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