quarta-feira, 8 de junho de 2011

GESTÃO E LIDERANÇA - QUANTO MAIS INTELIGENTES...









 Alguns conselhos acerca de uma situação com a qual provavelmente tiveram de lidar: UM COLABORADOR SUPERIOR A NÓS.
 Não nos podemos despedir a nós próprios, por isso qual a solução? Limitar o desempenho do colaborador?  Ou rezar para que a organização não se aperceba de que o nosso subalterno é melhor que nós?
 Acho isso sim... Que deve comemorar.
 Veja, a melhor coisa que lhe pode acontecer enquanto chefe - e tem razão,  - é recrutar alguém inteligente, mais criativo ou de alguma forma mais talentoso que você. É como ganhar a lotaria. De repente, tem  um membro na equipa cujo talento irá, provavelmente, melhorar o desempenho e a reputação de todos.
 Incluindo o seu.
 Sim, faz parte da natureza humana sentir-se assim - recear que um colaborador "superior" o possa fazer parecer, quer dizer, inferior, e que possa, abrandar o processo da sua carreira. Mas na realidade, geralmente acontece o contrário.
 A explicação é que os líderes não são julgados pelos seus resultados pessoais. Qual seria a lógica de os avaliar como contribuintes individuais? Pelo contrário, a maioria dos líderes são julgados com base nas pessoas que recrutam, orientam e motivaram, individualmente e coletivamente - o que se refletirá nos resultados conseguidos. É por isso que, quando recrutamos pessoas com um elevado desempenho e lhes libertamos a energia, não ficamos mal na fotografia. Ficamos como a "galinha que pôs o ovo de ouro".
 Por isso, continue a pô-los. É raro uma empresa não gostar de um chefe que descobre pessoas fantásticas e que cria um ambiente em que elas se desenvolvam; e não tem de ser o mais inteligente na sala para fazer isso. De facto, quando demonstrar, constantemente, essa competência de liderança e ficar conhecido como a pessoa, na sua empresa, que consegue encontrar e desenvolver os melhores, vai ver a sua carreira evoluir rapidamente.
 Bem, não estou a a dizer  que gerir colaboradores "superiores" na sua equipa é fácil. Um dia fui abordado com a seguinte pergunta: um chefe de vendas disse  que dois dos  sete colaboradores eram mais inteligentes que  ele...  e  perguntou: como poderia avaliá-los?
" Mas o que é que aconteceu aos outros cinco?" foi a minha tentativa de resposta descontraída. Mas  é compreensível esta pergunta. Como é que  se pode avaliar as pessoas que sentimos que têm mais talento do que nós?
 Não se pode. Isto é, não se pode avaliá-las com base na sua inteligência ou em algum conjunto particular de competências. É claro, faz-se referência ao que eles estão a fazer bem, mas, mais importante ainda, concentra-se nas áreas nas quais podem melhorar. Não é segredo que algumas pessoas muito inteligentes, têm dificuldade,  por exemplo, em relacionar-se com colegas ou em estar recetivos às ideias dos outros. De facto, alguns lutam mesmo por se tornarem líderes. E é aí que  a  sua experiência e autoconfianças entram em acção e que a sua orientação pode realmente ajudar.
 Desta forma, gerir colaboradores superiores é o mesmo que gerir colaboradores vulgares. Só tem a ganhar com a comemoração do seu crescimento - e  não tem nada a temer.
 E já agora, se tem na sua organização alguém mais  inteligente que  você, que  é o líder - a resposta é  aprenda com ele... Mas isso  não que  dizer que você não os  possa liderar!

Jorge Neves

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.